quinta-feira, 18 de julho de 2013

Por IOB Concursos

Mobilidade Urbana e Mobilidade Urbana Sustentável– Pelo Prof. Geraldo Pimenta
O intenso processo de urbanização nas cidades brasileiras ocorreu e vem ocorrendo de forma acelerada e desordenada, produzindo assim, profundas transformações no meio ambiente urbano que atingem, principalmente, os setores político-econômico, sociocultural. Hoje se fala em inchaço urbano ou macrocefalia urbana que significa um crescimento exacerbado da população nas cidades e, a descentralização colabora para que ocorra a realocação as atividades de comércio e serviços para outras partes das cidades em um processo de ocupação das áreas periféricas, aumentando a necessidade e complexidade dos deslocamentos da população, tornando os sistemas de transportes em uma importante variável necessária para a qualidade de vida nas cidades.

Então quando falamos em mobilidade urbana, analisamos a situação do sistema dos nossos transportes e de toda forma de Mobilidade Urbana, consideramos os problemas e as necessidades do deslocamento pela população, as linhas de intervenções e a boa condução de um plano de mobilidade, a pergunta é: O Estado tem condições de equacionar os problemas de mobilidade urbana?

Estamos acompanhando as manifestações que apontam principalmente a Mobilidade Urbana como um dos maiores problemas do cidadão e um dos maiores desafios do governo Dilma, portanto, várias são as causas desse caos urbano. Por um lado o governo encurralado, lutando contra o tempo, busca-se arrumar o país para os grandes eventos, mas a “casa” estava desarrumada a bastante tempo, como arrumar a parte urbana desse lar, com tantos utensílios fora do lugar.

O aumento da frota de veículos, principalmente do automóvel, promove alterações na operação e gestão do sistema viário, que tem sido adequado ao uso mais eficiente do automóvel, em detrimento dos demais modos. Esse processo acentua ainda mais a desigualdade nas cidades, já que o automóvel, em geral, passa a ser o modo mais eficiente e ágil nos deslocamentos da população, assim como colabora para a intensificação dos impactos ambientais nas áreas urbanas, pois, o uso do transporte individual, principalmente o por automóveis e/ou motocicletas, aumentam os níveis de poluição sonora ou do ar.
O novo conceito de mobilidade urbana determina a adoção de uma visão sistêmica sobre toda a movimentação de bens e de pessoas, envolvendo todos os modos e todos os elementos que produzem as necessidades de deslocamentos; diferentemente da maneira tradicional que trata isoladamente o trânsito, o planejamento e a regulação do transporte coletivo, a logística de distribuição das mercadorias, a construção da infraestrutura viária e das calçadas, etc.
Em 2012 realizamos a Rio + 20 onde se discutiu bastante a sustentabilidade ambiental então agora temos que desenvolver um Mobilidade sustentável que é a maneira dos seres humanos se deslocarem sem que afetem o meio ambiente.
Mas o que vem a ser Mobilidade Urbana Sustentável?
Segundo o Estatuto da Mobilidade Urbana, mobilidade urbana sustentável é o resultado de um conjunto integrado de políticas públicas no espaço urbano que assegura a todos os cidadãos o acesso amplo e democrático.
Meus alunos não basta atentar somente para a questão dos transportes, existem várias coisas para se discutir antes de escolher qual o melhor modal para a massa, esse tema pode ser cobrado em provas de redação nos próximos concursos, então nossa proposta é abordar nos próximos artigos os diagnósticos e os prognósticos da mobilidade urbana no Brasil, e quais são as medidas que o governo tem tomado para a solução de um problema diríamos crônico, mas que não é impossível de ser solucionado.

Geraldo Pimenta é geógrafo e arquivólogo, professor, formado pela Universidade Federal Fluminense e PUC/MG. Leciona em diversos cursos preparatórios e universidades. Mestre em Gestão de Documentos pela PUC/MG.

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